quarta-feira, 30 de março de 2011

Elis Regina


ELIS ALÉM DA EXPRESSÃO

(Por Alfredo Werney)

Quando falamos de um artista que admiramos em demasia, muitas vezes somos movidos por uma paixão desenfreada. E esta paixão faz com que não admitamos determinadas críticas desfavoráveis ao nosso ídolo. Eu, particularmente, não sou, de maneira alguma, contra os comentários e críticas apaixonados. Acho que deve haver, realmente, um envolvimento emocional ao analisarmos a obra de um artista, mas este envolvimento não pode nos cegar.

No Brasil há artistas que, de tão amados e reverenciados, as pessoas não aceitam qualquer comentário que vá de encontro à opinião da maioria. Creio que estão nesse rol: Chico Buarque, Carlos Drummond, Roberto Carlos, Dorival Caymmi e, acima de tudo, Elis Regina – que completaria, neste mês de março, 66 anos de idade. Certa vez, quase fui expulso de um conhecido bar de Teresina, porque, naquela ocasião, dizia que não apreciava muito uma determinada canção na voz da artista. Não é que eu não gostasse da cantora gaúcha, mas é que observava, naquela interpretação, inúmeros equívocos musicais. O mais desinformado interlocutor musical sabe que ela canta afinado, pronuncia bem as palavras, imprime emoção à música, encanta o público. É difícil discordar de tudo isso, mas muita coisa passa-se despercebido por boa parte dos apreciadores. Talvez por falta de um ouvido mais apurado ou porque, simplesmente, seguem a opinião dos meios de comunicação e da massa, para quem Elis é, indiscutivelmente, “a maior cantora do Brasil”.

Eu discordo da maioria do público e vou tentar me justificar sem me estender muito no assunto. Para que um cantor seja um grande intérprete não basta, tão-somente, ter uma voz bem colocada, afinada e de boa projeção. Exige, além disso, um conhecimento do texto musical, das sutilezas das letras, da concepção adequada dos arranjos, de harmonia, dentre outros. Elis Regina possui estas qualidades, mas, na maioria das vezes, passa por cima do texto musical para exibir seus vibratos exagerados e sua perfomance circense. Uma herança, de certa forma, do bel canto italiano. Sua interpretação é muito afetada e poluída de elementos desnecessários à compreensão do texto, como: ornamentos gratuitos, melismas sem necessidade, “explosões” vocais inadequadas. Ademais, sua movimentação no palco muitas vezes não condiz com o tipo de canção interpretada. Não é à toa que seus apelidos mais famosos são: “Elis-cóptero” (alcunha criada por Rita Lee) e “Pimentinha” (por Vinícius de Moraes).

É evidente que, em alguns casos, o modelo de interpretação elis-reginiana funciona muito bem. Quando ela interpreta canções que possuem uma inclinação mais dionisíaca e romantizada (não no sentido do Romantismo musical do século XIX), como Cartola e outros compositores de canções mais viscerais, pouquíssimas cantoras brasileiras atingem o seu nível de execução. Porém, ao interpretar algo mais apolíneo e menos retórico, como a bossa nova, Elis massacra o texto e o estilo musical em favor de sua persona. É importante reconhecermos, inclusive os mais fanáticos, que a gaúcha é extremamente personalista e este fato atrapalha sua musicalidade. Fato que não ocorre, por exemplo, com outras cantoras de mesma envergadura como: Leila Pinheiro, Sueli Costa, Ná Ozzetti, dentre outras. Sua própria filha, a cantora Maria Rita, retoma, de certa maneira, o seu modo de cantar. Contudo, é bem mais cuidadosa e evita essas interpretações auto-elogiosas e exageradamente emotivas. Não almejo, com tais argumentos, fazer juízo axiológico entre mãe e filha.

Seria injusto se eu não excluísse desses exemplos o primoroso disco “Elis e Tom”, de 1974. Nele, a cantora se conteve e interpretou (sem ataques histriônicos, diga-se) cada letra com o mesmo cuidado e a rara beleza que um grande artesão talha sua madeira para construir sua obra. A voz é bem afinada, o timbre equilibrado, as interpretações coerentes com espírito jobiniano. Este disco, que sem dúvida está entre os essenciais da MPB, é um de seus trabalhos mais refinados. Acredito que poucas cantoras chegariam ao mesmo resultado. Basta ouvirmos “Retrato em branco e preto”, de Tom Jobim e Chico Buarque, música repleta de cromatismos que dificultam a afinação vocal e a articulação da letra.

Retomando a questão central levantada: em minha opinião Elis Regina não é a maior cantora do Brasil de todos os tempos, como é aceito, sem nenhum questionamento, pelo Brasil inteiro. E os motivos foram citados anteriormente: ela se põe acima da música e do texto. Seu padrão de interpretação não funciona em muitas canções que escolheu para o seu repertório. Seu barroquismo e o espítito afetado, muitas das vezes, transformam (desnecessariamente) uma simples melodia em um verdadeiro “dilúvio musical”. Ela derrama demasiadamente suas emoções, ainda que o texto seja depurado e a melodia concentrada. É como declamar Mário Quintana, pensando no tom eloqüente da poesia de Jorge de Lima.

Augusto de Campos, conquanto tenha causado certo incômodo a alguns fãs acríticos da artista, não estava equivocado ao dizer que Roberto Carlos (embora do iê-iê-iê) se aproximava mais da linguagem da bossa-nova e da musicalidade de João Gilberto do que a cantora porto-alegrense – que, ironicamente, apresentava na TV o programa “O fino da bossa”. Nada mais apropriado – para versar sobre as interpretações de Elis – do que as palavras do poeta concretista: elas, em vez de expressivas, são, com constância, “francamente expressionistas”*.



* In: O Balanço da bossa e outras bossas. 3ªed. São Paulo: Perspectiva, 1978.

86 comentários:

  1. Frases polêmicas de ELIS REGINA

    "Me tomam por quem? Um imbecil? Sou algo que se molda do jeitinho que se quer? Isso é o que todos queriam, na realidade. Mas não vão conseguir, porque quando descobrirem que estou verde já estarei amarela. Eu sou do contra. Sou a Elis Regina do Carvalho Costa que poucas pessoas vão morrer conhecendo".

    "Sempre vou viver como camicase. É isso que me faz ficar de pé".

    "Quem não deu suas mancadas?"

    "Meu problema são 10 centímetros a mais; então estaria tudo resolvido".

    "Me apaixonei pela minha voz".

    "Neste país, só há duas que cantam: Gal e eu".

    "O importante é não aceitar o jogo, ser anti-sucesso. Sou uma estrela".

    "O circo não deixa de ser uma casa brasileira, né?"

    "O importante é não aceitar o jogo, ser anti-sucesso".

    "Quero saber é do brasileiro, não estou preocupada em cromar minha orelha e sair para a rua para chamar a atenção".

    "Um dia as pessoas vão descobrir que Dalva de Oliveira é a nossa Billie Hollyday".

    "A gente tem de fazer das tripas sentimento".

    "Cantar, para mim, é sacerdócio. O resto é o resto".

    "Tenho o prazer de me danar e me recompor sozinha. Não preciso de muletas".

    "Fazer música não é botar fusca na praça. Não é linha de montagem, não".

    "Eu quero é ficar como bigode: nas bocas e por fora".

    "Não passo o dia olhando pro meu umbigo para ver se nasce um pé de couve".

    "Eu quero é ter vida privada, e não privada na vida".

    "Sou como assum-preto, que precisa cantar muito mais depois que lhe tiram os olhos".

    "As pessoas que me chamaram de mau-caráter estavam se auto-criticando".

    "É bacana correr riscos e eu não fico só na janela vendo a banda passar".

    "Por que exigem de mim tanta coisa? Sou boa cantora e ainda tenho de ser educada?"

    "A lucidez me leva às raias da loucura".

    "Eu talvez vá morrer sem nunca entender as pessoas".

    GILSON

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  2. Valeu pela audiência Gilson. Daí você conclui esse espírito afetado e egoísta da Elis. Ela mesmo diz através dessas frases altamente auto-jubilosas.

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  3. Não dá pra agradar a todos, alguém, Nelson Rodrigues ou sei lá quem disse: “toda unanimidade é burra”, então pensando assim é bom não ser unânime! Particularmente evitava comentários sobre a cantora em questão, justamente pra não causar polêmica e não ser taxada do contra. Como não tenho conhecimento técnico sobre o assunto, que você Alfredo explanou tão bem, ficava sem argumentos pra rebater alguma opinião contraria a minha, pois como ouvinte e amante da música brasileira e volto a dizer sem nenhum conhecimento técnico ou aprofundado sobre esse assunto, simplesmente não gosto da cantora Elis Regina e chegam a me irritar suas interpretações estridentes, confesso que até tentei gostar, mas não deu. Seu texto foi esclarecedor e confortante para mim, pelo menos sei que não estou sozinha nessa crítica.

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  4. Realmente querida. Acho que muita gente pensa assim. tem medo de criticar. Certa vez, um amigo meu, formado em letras, disse que tinha vergonha de dizer que não gostava de Machado de Assis;
    seu termo é muito adequado: estridente...realmente elis é estridente .....

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    1. Não é à toa que temos professores tão despreparados. Machado de Assis é o máximo! E eu nem sou formado, hein! Machado é brilhante, tem texto conciso, sem firulas, ideias ótimas para os romances e contos, um gênio. Coitado do seu amigo!

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  5. Vi seus textos no portal proposta e estou te seguindo aqui; também escrevo lá, ás vezes..

    ah, e sobre a Elis digo a mesma coisa que a menina de cima disse: eu também várias vezes ficava com receio de me opor porque não tinha conhecimento técnico para falar sobre isso. Agora que li seus argumentos entendi porque eu sentia uma certa relutância, mesmo sem entender o motivo. acontece é que a mídia englobou uma opnião universal entre os brasileiros e agora fica muito difícil de tirá-la. Daí a raiva e a dedesa cega que muitos fãs sentem diante uma opnião contrária - A raiz da manipulação. E sabemos que isso está presente em todos os aspectos - dizem-nos tudo o que eles querem que nós acreditemos. ^^

    Passa lá tbm, se puder!

    abraços!

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    1. Olá, realmente, você tem toda razão. Embora algumas pessoas acreditam neste forte potencial mal se questiona, vai acumulando e, por fim, fica nisso: um vazio. Faço suas palavras as minhas. Obrigada!

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  6. Até enfim alguem q, como eu, nao idolatra essa cantora..nunca gostei dela, muito exagerada e com sua presunção q afetava sua performance..definitivamente não era cativante.. ela criticava tanto a NAra Leão,mas ela, apesar de não ter uma grande extensão vocal, tinha uma das vozes mais bonitas e também imprimia competência no estilo em que cantava. Elis podia ter técnica, mas não tinha um timbre bonito..
    se for pra admirar uma cantora visceral, fico com Janis Joplin!

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    1. Elis não tinha um timbre bonito de voz? Parei com essa...

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  7. gente, fico feliz com os comentários. não só porque concordam com os meus. mas é porque achei que ia causar uma grande polêmica. mas vejo que, como eu, muita gente vê defeitos na interpretação de Elis. um abraço a todos

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    1. Estou contente com a sua bravura!! Eu pensava como tal e tinha enorme receios...

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  8. olá Vanessa Trajano (desculpe-me se escrevi o seu nome errado). sim, passei no seu blog e também acompanho seus textos no portal proposta. obrigado por essa troca de experiência e de informações, que é muito nutritivo. parabéns pelos textos!

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  9. o fato de elis não ser sua cantora favorita eu entendo,agora transformar suas melhores qualidades em defeito é de uma desonestidade intelectual sem perdão.um detalhe a única musica que ela gravou de cartola que é basta de clamares inocencia é quase intimista,outro detalhe o disco que ela gravou com o tom ela quase estragou por estar contida demais.volume vocal agora virou estridencia.

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  10. olá Anônimo. acho que mais desonesto é emitir comentários e não se identificar. isso sim é desonestidade intelectual. por que não faz como fiz, dá a cara a tapa? por que não escreve um texto emitindo sua opinião sobre elis? seria interessante e nutritivo confrontar duas visão diferentes (pode utilizar o meu blog, sem problemas). você erra quando quer dizer que trnasformei qualidades em defeitos. Volume não tem nada a ver com boa intepretação. conheço vários cantores que tem muito volume vocal e não cantam porra nenhuma. Se você acha que elis canta de maneira intimista, ou vc é surda ou não entende absolutamente nada de música.basta ouvir qualquer canção em sua voz, que qualquer deficiente auditivo perceberá o lado afetado da cantora expressionista. volume vocal nem sempre é estridência e eu nunca afirmei isso em meu texto. a não ser que você, anônimo, além de surdo, seja também cego. Nem todo cantor domina o volume que tem. Plácido Domingos tem muito volume e não é estridente, é perfeito. Elis, algumas vezes, não é estridente. na maioria das vezes sim. alguns vezes chega a ser desefinada...mas, ainda assim, é uma grande cantora, porque arrisca e busca criar um tipo de interpretação própria. Agora,se você é um fã ou uma fã que não aceita críticas, procure outro espaço de discussão. Outra sugestão:Você pode criar uma religião em que a elis seja a deusa. aí sim, as pessoas não poderão mais questionar, pois em deuses ou se acredita ou não se acredita.
    um abraço

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    1. Desafinada é ótimo, hehehehe! Vc realmente entende de música?

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    2. KKKK... (desafinada). Quem critica a Elis deve cantar muito melhor que ela. Aos que criticam, tentem cantar uma música dela pelo menos no banheiro para experimentarem se cantam tão bem quanto. KKKK .... críticos só sabem criticar, nada mais.

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    3. Olha aí a prova. Confirmaram o texto a cima. Elis e só uma cantora construída pela mídia para ser idolatrada. Como é fácil enganar está gente. Elis pide até ser boa cantor. Mas nada a mais que isso.

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    4. Elis é a maior e acabou. Quem não concorda eu até respeito,mas não deixa de nos deixar uma grande dúvida.

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  11. alfredo eu não sou anonimo eu sou um analfabeto digital,e por acaso saiu essa palavra.o meu nome é ademar amancio e adoro tudo que voce escreve eu tenho loucura por pessoas inteligente.em relação a estridencia eu quis responder a alguns comentarios dizendo não gostar dela por esse motivo voce de fato naõ falou sobre isso.

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  12. quando a gente ouve ou le uma opinião divergente da nossa só enriquece a construção do nosso pensamento.em nenhum momento eu quiz dizer que a elis é intimista eu ao contrario de voce não gosto do canto intimista ,lugar de sussurrar é no motél no palco se canta.volto a dizer a elis estragou varias musicas naquele disco que fez com o tom jobim porque ela estava contida demais.eu a prefiro barroca e expressionista pra min isso é qualidade.o meu humor as vezes parece ofensa.não se estresse voce é muito inteligente pra isso.e eu vou continuar frequentando o staccato,sim.

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  13. minhas sinceras desculpas Ademar. minha resposta pode parecer pedante e grosseira, mas é que imaginei que fosse só uma daquelas pessoas que entram no blog apenas pra criar polêmicas vazias e me xingar, como já aconteceu algumas vezes com alguém. vejo que não é o seu caso. perdoe-me se acabei te atingindo. continue visitando o blog que fico muito feliz. sobre a Elis, devo confessar que apesar do texto tenho quase todos os trabalhos musicais dela e ouço com constância. mas a crítica de todo não está injusta. as vezes ela realmente peca. mas há, de fato, quem goste dessa envergadura expressionista, barroca.

    um abraço meu caro!

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  14. obrigado pela humildade de pedir desculpas,nem precisava.eu achava impossivel voce não gostar de nenhuma gravação da elis porque ela tem varias facetas.tem a elis sambista,pop,romantica,a cantora de protesto,o deboche,a exagerada que eu adoro e a quase intimista.existem cantoras que apesar de ótimas ou voce gosta ou não suporta porque falta essa versatilidade da elis,ex:billie holliday e nana caymi.eu ja tentei gostar da billie não consegui.voce poderia escrever um artigo sobre esse tema.

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  15. A mesma opinião aqui expressa por muitos a cerca de Elis regina, também diria o mesmo sobre o cantor Roberto Carlos.Mas o que se tem que entender é que quando se parte pra esse lado artístico é tudo muito relativo, uma questão de gosto.Mas quando analisamos de forma técnica, notamos o quanto a mídia muita vezes leva uma grande parcela ignorante da população a cultivarem a mesma opinião, sem um resquício de senso crítico.

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  16. Eu não entendi porque o nome do roberto carlos apareceu neste artigo,pois até onde eu sei o roberto carlos sempre foi ignorado pela alta cultura e esnobado pela elite da música brasileira,bem diferente do caso elis regina.

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  17. Boa Noite!
    Tenho vários trabalhos da Elis, dentre eles o "Elis e Tom" que eu acho fantástico. Eu gosto muito da Elis, justamente por um motivo que o Alfredo resumiu numa frase postada no debate acalorado acima: "porque arrisca e busca criar um tipo de interpretação própria".
    Isso pra mim fez a diferença na carreira dela. Tenho o programa Ensaio (da TV Cultura) gravado em 1977, onde ela, de maneira muito honesta responde todas essas questões, inclusive recomendo o DVD.
    Ela sempre foi muito questionada sobre esses quesitos. Presença de palco, falta de interpretações "Bossanovistas", exageros, e sempre disse que ela não era cantora de Bossa Nova, ela era cantora e pronto!
    Colocá-la como "A maior cantora do Brasil" é complicado, até porque dificilmente um artista vai estar sozinho num grau de excelência. Cito por exemplo Leny Andrade como super injustiçada por essa mesma mídia e certamente com o mesmo nível da Elis.
    Acho que ela quebrou padrões, interpretava da maneira "Elis" tanto "Romaria" quanto "Aguas de Março".
    Já pensaram se a nossa MBB (Música Boa Brasileira) ficasse apenas nos sussuros da Bossa Nova de João Gilberto que desenvolveu um padrão? Não teríamos o Chico Buarque com sua voz "orgânica" que associada ao pandeiro flauta e violão lembra um delicioso boteco a beira mar, não teríamos o eruditismo de Tom com o seu (Heitor Villa-Lobos e Radamés Gnattali) + (Samba) porém com harmonia moderníssima, não teríamos Zimbo Trio improvizando sobre as nossas músicas e não somente em cima de Standarts Americanos...dentre outros exemplos.
    Alfredo Werney Lima, muito legal abordar este tema que sempre foi muito polêmico.

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  18. Pois é, eu também não suporto elis regina,nem é tanto por suas interpretações exageradas, o que eu não gosto mesmo é a voz dela. É horrível, irritante, as músicas se tornam chatas com ela cantando. Mil vezes Maria Betânia!!!!!!! Maria Betânia absorve a letra da música, incorpora, interpreta e canta lindamente sem precisar se esganiçar toda como elis e sua filha.

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    1. Concordo Com Você !!!

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    2. É, opinião é opinião...Gosto de muitas coisas de Maria Bethânia e a considero uma grande cantora, com uma belíssima voz grave, que por obra da natureza continua maravilhosa até hj, mas a verdade é que, se houver comparação com Elis, ela e qualquer outra levam uma goleada feia... Quem conhece a fundo a obra de Elis sabe disso. Deixo uma dica: assistam ao especial da Elis gravado na tv alemã nos anos 70!

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    3. Concordo. Esse endeusamento que muitos fazem em torno do nome de Elis já encheu. Ela tem gravações estridentes sim. Um exemplo é "Ponta de areia (1974)". Isso sem falar da canção "Boto" e "Corpo" que fazem parte do disco "Transversal do tempo (1978)". São insuportáveis de se ouvir. Maria Bethânia assim como Zizi Possi, possuem vozes suaves e agradáveis de se ouvir. Claro que não podemos ser insanos e excluir o enorme talento de Elis Regina como cantora. Claro que ela possui, mas teve seus momentos ruins. Mas essa é a opinião pessoal de cada um. Uns concordam outros não. E assim é a vida. O que seria do mundo se todos preferissem o amarelo e torcessem pelo Corinthians?

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    4. Gal Costa é a melhor cantora do Brasil!

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    5. Gal Costa é a melhor cantora do Brasil!

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    6. Separem a cantora da pessoa Elis. Ela tinha traços de bipolaridade, usava drogas, álcool e foi dona de um ego inflado. Todavia, nada retira seu talento. Como qualquer artista, pecava por excessos ou abstenções.

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    7. A Elis era exagerada sim,graças a Deus - ''A Elis Regina faz de qualquer canção uma marselhesa'':Frase atribuída a Nelson Rodrigues - Pena que vez ou outra ela tentava segurar tanto talento para agradar aqueles que tem uma íngua no aparelho auditivo,rs.

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    8. Conheço um crítico que tem Nana Caymmi como sua cantora favorita,no entanto quando ele cita os top de linha como referência,ele ataca de Pelé no futebol e na arte de cantar,Elis Regina.Ele sabe muito bem que a Nana (e nem uma outra) tem a musicalidade exuberante da cantora gaúcha,separando assim o gosto pessoal (conceito subjetivo),da análise crítica,que deve ter caráter racional e objetivo.

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  19. Eu Odeio Esses Gritos Dela !!!

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    1. O que falta aos brasileiros é uma lição de canto com Maria Callas,o canto lírico,além de lindo, desperta nossa sensibilidade musical embotada por cantoras fakes.

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    2. A Gal no estúdio nunca foi fake,claro,ao vivo seus trinados deixam a desejar.

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  20. Eu também concordo com alguns de vocês! Pra começar olha o nome: Elis Regina Carvalho Costa, o exagero começa pelo nome, grande demais. Exagero também é [ no presente do indicativo] é o talento dessa cantora que infelizmente Bob Dylan, Ella Fitzgerald e Biork no alto das suas loucuras disseram que ela é uma das maiores do século xx . Gente!!! Concordo que toda a unanimidade é burra, que ninguém é perfeito, que música é subjetiva.... mas Elis, de modo geral, foi gênio e todo gênio é genioso, narcisista. Acho que o texto pecou por não mostrar as músicas, os exageros que ela teria cometido em uma interpretação e comparar com outros interpretes.
    Aliás, ninguém menciona o suingue, o improviso tendo pela frente Hermeto Pascoal e uma platéia de críticos internacionais na suíça. O resultado?! Ela engoliu todos! Ah antes que falem que sou fã, amo a música e outras cantoras como Gal, Bethânia, Ella Fitzgerald...

    Tiago Américo

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    1. Música é subjetiva e é técnica também, meu caro Tiago América. Acho que Bob Dylan, Biork e Ella sabiam muito bem o que falavam sobre Elis, o próprios nomes citados por você já falam por si só. Aliás, a Elis pode bem ser comparada à Ella, pois as duas eram mais que cantoras, eram verdadeiros músicos; sinceramente não conheço ou nunca ouvi cantoras com a inteligência musical delas, que detonam no ritmo insuperavelmente. E, sobre os "exageros", só faz mesmo quem pode fazer, quem não tem medo de errar, quem sabe o que está fazendo; cantar não é fácil, ainda mais como Elis cantava. Quem conhece a sua obra a fundo sabe que ela podia cantar de qualquer maneira.

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  21. Em verdade seu texto é dotado de uma coerência e conhecimento técnico singular. Dizer que você não escreve bem, seria o mesmo que dizer que a Elis Regina não é uma das maiores cantoras que este país já anunciou. Sou fã da Música Brasileira e quando a discuto com alguém sempre digo que são raras as vezes que preciso ir em busca de algo estrangeiro, pois sempre me sinto contemplado com nosso arsenal nacional. Quando nasci a Elis já havia partido, portanto, muito do que conheço foi observando a mídia, pesquisas em livros, revistas, internet e, sobretudo, sua obra. Confesso que não sou tão conhecedor da música quanto você, nem ousaria a contra argumentar tecnicamente, pelo motivo já exposto, mas defendo-a enquanto persona, enquanto artista de representatividade ímpar em nossa música. A Elis foi uma artista engajada politicamente, possuía espírito de liderança, fundou a ASSIM (Associação dos Intérpretes e Músicos), encampou movimentos contra a Americanização da Música Brasileira e de quebra, com seu grito, gravou a que se tornaria a “Canção da Anistia” – O bêbado e o equilibrista. De fato, ler seu texto foi de fundamental importância, pois são raras as críticas que confrontem essa verdade quase universal de que “Elis foi perfeita”. Digamos que curto 85% da obra dela, os outros 15% são de um período confuso, início dos anos 60, quando ela tentava construir sua identidade enquanto artista e considero isso o máximo, porque perfeição não é uma das qualidades que mais me atraem. Por outro lado, embora ela fizesse questão de se expressar de modo que ratificasse a ideia de ser a maioral, tanto musicalmente quando discursivamente (depoimentos e textos), ela foi uma cantora que rompeu com os padrões. Elis era pura emoção, como ela mesma dizia: “cantar é um sacerdócio”. Particularmente a enxergo como iconoclasta da música, pois somente quem conhece sua versão de “Saudosa maloca” compreende o que estou falando. Dona de uma técnica e afinação impecável, ela não temia a crítica e reinventava as fórmulas. Quando você fala da Bossa Nova, que exige um timbre mais retraído e harmônico, pergunto se você já ouviu o Disco “Elis in London”, pois percebo que neste, ela fez questão de dar à Bossa o tom necessário, de igual modo fez no homônimo, “Elis & Tom”, que conforme a crítica e os amantes é um dos álbuns mais importantes da MPB e concordo, embora saiba apreciar tanto seu lado explosivo quanto o mais intimista. Ah, sou baiano, tenho 24 anos, conheci Elis aos 13 e seria previsível que eu admirasse mais a Bethânia, a Gal, ou até mesmo a Ivete por conta da minha idade (nos dias de hoje, é bom que se proteja risos), mas sempre tive uma inclinação às músicas antigas e de cantores sulistas, digo isso porque desde cedo me percebi, também, fã dos Engenheiros do Hawaií e das fabulosas letras do Humberto Gessinger. Confesso que no início era um desafio lidar com isso, pois enquanto todos meus pares escutavam Charlie Brown Jr., J Quest, Calcinha Preta, Calypso, no máximo uma Cássia Eller, eu queria ouvir Engenheiros, Elis, Caetano, Paralamas, Barão Vermelho, Secos e Molhados, Beth Carvalho, Sinatra, The Beatles e música clássica, foram tempos difíceis (risos).. (Continua)

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    1. Gal Costa é a melhor! Elis era doida!

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    2. Até no quesito inteligência a Elis era superior,a musicalidade e lucidez então!!!

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    3. A potência vocal da Elis (volume e extensão) e o fôlego que ela mantinha ao vivo merecem um estudo,a Gal sempre foi fraquinha ao vivo,faltou pirão na Bahia,rs.

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    4. Falar sobre Elis e não destacar sua dicção mais que perfeita não é justo,ela valorizava cada sílaba,não se perde nenhum fonema,só comparável ao Frank Sinatra(é claro que a pimentinha é mais versátil que ele).

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    5. Todo mundo enaltece a voz soberana de Elis Regina (com justiça) e esquecemos que ela é também uma artista extremamente visual,sua postura cênica é tão rica em nuances que merece um estudo acadêmico sério (não que já não tenha),deixo para os especialistas.

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  22. (Continuação) ...Voltando à Elis, acho que não é só o fato dela ser dona de uma bela e vibra voz, dela explodir e atingir notas difíceis e interpretações jazzísticas, elogiosas e exuberantes, o lugar que ela ostenta também tem muito haver com os artistas que ela lançou, com as escolhas musicais que ela fez, afinal, lançar Milton, Belchior, Gilberto Gil, Ivan Lins e deixar Chico na gaveta, não é uma façanha para qualquer um, concorda? Outro ponto as vezes esquecido, é que sua união com o César Camargo fora um divisor de águas em sua carreira, pois o César é um exímio músico, tralhou os arranjos e os músicos de sua banda com muita destreza. Certa vez, estava eu em um show duma cantora regional, mas muito talentosa, e ela abriu ao final para que pedíssemos músicas, daí eu gritei: canta Corsário! Ela respondeu sorrindo: - só se for na versão do João Bosco, porque na da Elis, é impossível. Por fim, lanço um questionamento, qual outra cantora brasileira (com seus erros e acertos), superam a Elis? Sinceramente, poucas são as que chegam perto de seu talento. Talvez a Bethânia, mas é notório que ao vivo ela desafina. Quem sabe a Zizi Possi, tenha técnica suficiente, mas não possui uma voz tão potente. Talvez a Marisa Monte, mas não possui tanta expressividade. Simone, Gal, Nana, Elza, Vanessa da Mata, Maria Rita, são todas muito boas, mas, particularmente, sempre sinto que estão uns degraus abaixo. Por isso meu amigo e exímio escritor, entre os erros e acertos, eu ainda fico com a Elis no topo, é claro que me permitindo sempre a (re)conhecer novos talentos que venham superá-la, coisa que eu acho difícil, pois como cantou a própria Regina “a coisa tá ficando Russa”. Abraços e parabéns pelo trabalho!

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  23. A Elis regina é a cantora mais completa do mundo,e nem adianta discordar,Deus quis assim.Quem não gosta da Elis o problema é da pessoa e não dela.Augusto de campos tentou transformar déficit-vocal em qualidade,o tempo lhe mostrou quão equivocado estava.Eu sempre digo que as cantoras sem voz deviam ser mandadas pro canavial no interior do Brasil.O agronegócio agradece.Chega de blefe.Eu jurava que esse artigo nem existisse mais.Querer construir fama em cima da genialidade alheia é de uma cafonice risível.

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    1. Falou tudo, Ademar. Há quem diga que o timbre dela não era bonito (kkkkkkkkkkk), quem não gosto dos seus "exageros vocais" e de suas performances, mas, infelizmente, nem os mesmos conseguem negar a impressionante e visível genialidade da cantora Elis Regina, essa é a verdade!

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    2. Quanto ao timbre é uma questão subjetiva demais,ela cantando Milton Nascimento sua voz ganhava uma cor inexplicável,ela cantando ''Cinema Olympia'' e ''Golden Slumbers'',que voz é aquela?! - Há quem não goste do timbre de Maria Bethânia,eu acho lindo,o timbre da Gal era muito bonito,mas só no estúdio,e Marisa Monte tem um verniz-vocal que só Deus explica.

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Gostaria de pedir desculpas para o editor do blog pela minha indelicadeza,é claro que ele não precisa usar a fama de ninguém pra mostrar que sabe escrever e,diga-se,muito bem.

      Removi o comentário anterior por um erro de digitação,rs.

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  24. Olá, Alfredo! Descobri seu blog recentemente e adorei, ainda mais sabendo que é escrito por um conterrâneo.

    Bem, quanto ao post, concordo em partes. Quando você fala que Elis não é uma boa cantora de bossa nova, por exemplo. Roberto Carlos se adequa melhor ao estilo, até pela grande influência de João Gilberto no início da carreira do "rei".

    A estridência no canto da Elis é notada principalmente na época de O Fino da Bossa. A performance circense, alegre, porém exagerada, como destacava Augusto de Campos. Os primeiros discos, até o início dos anos 70.

    Mas há que se levar em conta que este era o início da carreira da cantora. Os anos 70 foram diferentes. Como você destacou, o álbum Elis e Tom mostra uma cantora muito mais madura, contida, distinta daquela de O Fino. Os discos posteriores seguiram a mesma linha. O programa Ensaio, o álbum Essa Mulher, Vento de Maio. Portanto, não me parece justo "taxá-la" de cantora expressionista, estridente ou exagerada. Isso é apenas uma fase da carreira da artista e não reflete a sua obra como um todo.

    Rosângela Almeida

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    1. A Elis gravou alguns álbus nos anos sessenta (dois pro mercado europeu) onde ela está contida e chatinha,sem graça e sem expressão nenhuma - O seu álbum de 1971 ela canta pra fora e pra cima,o melhor disco de sua carreira,ao lado de ''Saudade do Brasil'' vol 2 - E tem o show ''Falso Brilhante'' que ela grita e berra do começo ao fim,e é considerado pela crítica o melhor espetáculo-musical de todos os tempos.

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    2. Se a Gal conseguisse cantar ao vivo (a voz está sempre cansada) seria uma boa vice de Elis Regina,rs.Cantar bonito no estúdio até a Paula Fernandes consegue.A baiana também não tem a musicalidade esplendorosa da Elis e falta-lhe flexibilidade vocal,teu canto é sempre linear.

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    3. Roberto Carlos tinha um timbre bonito,afinado,mas de poucos recursos,e seu repertório é bem diferente da bossa-nova de João Gilberto,o cantor preferiu seguir o caminho do popular-romântico (eufemismo pra brega).Nada contra,eu adoro os cantores-populares-setentista.

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    4. Você cita o álbum ''Essa Mulher'' como referência de qualidade sem ''exagero'',mas é desse disco que está ''Bolero de Satã'' que ele considera over.Nas verdade,ele escolheu algumas das melhores interpretações da cantora,me lembrou Diogo Mainardi em um artigo onde ele detona o Carlos Drummond de Andrade,pura provocação.

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  25. Gostaria que você citasse as canções que acha a interpretação da Elis exagerada.

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  26. Na verdade, escrevi esse texto há uns cinco anos atrás e a visão e o ouvido da gente vai se modificando e se aprimorando. Hoje eu observando a Elis, acredito que talvez a maior parte do que ela cantou não seja tão afetado e explosivo assim. Mas, ainda assim, vejo que muitas canções ainda estão nessa linha interpretativa Uma das mais visíveis é "Arrastão", de Edu Lobo, e "Zambi".
    Mais tem outras: Como nossos pais, Alô, alô marciano, Bolero de satã, Para Lennon e MacCartney, etc. Valeu...

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    1. Aquele vídeo da Elis contracenando com ela mesma em ''Alô,Alô Marciano'' merecia ganhar todos os prêmios do mundo,coisa de gênio.Em ''Arrastão'' o seu visual e gestual está carregado (começa pelo nervosismo e pela coreografia imitando um arrastão),mas não dá pra acreditar na voz que saiu daquela garganta ao vivo,nenhuma cantora do mundo conseguiria,vide o caso Gal Costa,que estava sempre com a voz cansada quando cantava ao vivo.

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    2. Gosto pessoal e análise crítica são coisas distintas - Eu só posso dizer que eu adoro a Elis quando ela abre a voz e quando canta brincando,quando canta baixinho e sem improvisos fica igualzinha as outras.

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    3. Eu recomendaria ao editor do blog uma sessão de Maria Callas.

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    4. Aqui vai minha lista das cinco maiores cantoras de todos os tempos,Elis Regina,Angela Maria,Dalva de OLiveira,Elizeth Cardoso e Dolores Duran.
      Me desculpem as ''cantoras'' sem porte-vocal,não consigo ouvir.

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    5. Espero que o resenhista (que escreve muito bem) não se irrite comigo - Há pessoas que são ''do-contra'' mesmo,o Lobão fica procurando defeitos nas rimas do Chico Buarque tentando provar que ele não é um grande letrista.Deve ser um traço da personalidade,cada um é cada um.Não pare de escrever,você é um exímio crítico e eu sei que todo crítico provoca polêmicas.

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    6. Lembrei do álbum de 1972,ela gravou do jeito que o blogueiro gosta,eu fiquei decepcionado quando comprei o disco,e em recente enquete descobri que é um de seus trabalhos menos apreciados pelos seus fãs.O repertório é ótimo,mas ela economizou demais seu talento vocal,pra compensar,temos a versão definitiva de ''Atrás da Porta'' ao vivo,e de ''Vida de Bailarina'',em um álbum póstumo,também ao vivo.A Elis é a única que ao vivo ampliava sua voz num arco que atingia o céu e todo o infinito.

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  27. Elis é uma das grandes, mas não se pode dizer a maior. Acho Whitney Houston e até a mãe dela muito boa, a Aretha, Sarah. V, Nina Simone.

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    1. Estamos falando de Brasil,se bem que a Elis,na minha opinião,é a maior cantora popular do século XX.

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  28. Tudo isso que disseram...foi justamente o que fez dela a pequena grande notavel, suas interpretacoes prendem, vibram a alma. O que ela fazia com as notas no piano, igualmente num ê ê ou num lere ninguém conseguia e até mesmo igualmente no som da guitarra em trem azul é algo de outro mundo, é a musicalidade que salta da veia. Acho ela incrível em quase tudo que fez. Gal também é excelente, porém desafinava e as vezes tinha um tom que soava grosso no meio da voz. Com Elis nao existia desafino nem chorando, nem pulando, nem rindo. Ah e o carisma, fala sério algo que ela tinha de sobra. Nara Leao sussurra pra dentro, nao tem expressao, nem canto, pois palco é pra se cantar nao ficar apenas sussurrando a letra com voz doce, me encomoda o fato dela a
    da cara fechada eu nao consegui assistir muito tempo as musicas do Tom que ela cantou. Pois bem sobre a Elis a genialidade,misturada com afinaçao, com coragem, musicalidade e o que você julga exagero e exibicionismo, eu o julgo por beleza,por vontade, por dom, por vida na Arte.

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    1. A Gal Costa é a típica cantora de estúdio,grava mil vezes até ficar tudo bonitinho e certinho,ao vivo não consegue reproduzir a mesma qualidade vocal.

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  29. Elis é e sempre foi a melhor de todos os tempos. Sua voz é fascinante. A afinação, sem comentário.

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  30. Acho que é uma questão de gosto mesmo. Tenho uma conhecida que tambem diz a mesma coisa: que nao gosta da Elis porque ela grita muito. Bom, para mim ela foi fenomenal.Acho que os defeitos que voce achou na musicalidade dela sao exatamente a demonstração da sua genialidade como interprete. A afinação dessa mulher era absurda com uma facilidade tal que se sentia tãooo a vontade para cantar.Realmente ela como interprete brilhante que foi fazia da melodia, sua, sim . Se apropriava da cançao,.. meu Deus o que essa mulher fez da musica Como nossos pais de Belchior.. parecia quase outra cançao,,,, é preciso ser muito gênio para tal feito. Alem de cantora ela era pianista... seus musicos diziam que era facil passar a musica com ela... ela era outra musicista... Super exigente e reforçando o que eu disse... os "exageros" que foram citados, para mim, amante da boa música e dos bons cantores, é a entrega e a facilidade de perpassar por esta linha musical que muito poucos conseguem... e é por isso que para mim ela é e sempre será fenomenal...

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    1. Pois é,a Elis quando ''economizava'' voz estragava as canções,ainda bem que ao vivo ela geralmente melhorava-as,parece que no estúdio ela ficava meio constrangida de mostrar tanto talento-vocal,a competência em excesso não é para os fracos.

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  31. Na época do finado Orkut,eu procurava comunidade de pessoas que não idolatrassem Elis Regina, mas não achei.
    Embora goste bastante de "O bêbado e a Equilibrista" e "Fascinação" em sua voz e admita que ela é uma cantora hiper afinada, não gosto de seu jeito histriônico e de suas interpretações exageradas.
    Para mim a melhor intérprete brasileira é Maria Bethânia, com sua voz suave.

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    1. Maria Bethânia é ''suave'',a cantora tem fama de ser over,vai entender!

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  32. Alfredo Werney... Fiquei procurando na internet algum material seu cantando... Não ache... rs Acho que não preciso dizer mais nada.

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  33. Parece que poucos percebem o quanto Elis era doce também, Rita Lee a descreveu certinho - Doce de pimenta. Vejam mais entrevistas dela, pra quem só conhece mais a obra... vão se surpreender e entender melhor a artista ...acho que Elis misturou técnica e emoção genuinamente como nenhuma outra.

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  34. ''Elis Regina,mito absoluto,Elis Regina,a cantora mais técnica e expressiva do Brasil'':Frase de Luis Antônio Giron,um dos maiores críticos de música do País e que não gosta da cantora,ele já disse que não consegue ouvir,mas admite que o problema é seu e não dela.Um detalhe,ele também é gaúcho de Porto Alegre,e sem querer (ou querendo),ele assume que acha ela é a mais completa entre todas.Fonte:''Voz Popular'' Rádio Cultura Brasil.

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  35. Toda gama de sentimentos a Elis transmitia em sua potente voz,ia da ternura ao desespero,da raiva à doçura,do berro ao gracejo,cantava chorando,brincando,gritando ou sussurrando (e sempre dentro do compasso),era como se abaixasse uma entidade distinta em cada performance.A cantora vivia o que cantava,um verdadeiro fenômeno,sem dizer que é a única que sabia cantar ao vivo,quase sempre melhorava suas versões de estúdio.

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  36. Enquanto a mãe Elis Regina conseguiu ser a melhor,a filha Maria Rita conseguiu apenas escolher a profissão errada,rs.

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  37. Vou fazer de conta que nem li esse texto. Elis é indubitavelmente a maior cantora brasileira de todos os tempos.(e uma das maiores do mundo também).

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